O Qing Dai (QD) é um composto único que se extrai dos pigmentos de plantas como Indigofera tinctoria, Strobilanbthes cusia, O Kuntze, e Polygnonum tinctoium Lour.

Atualmente, o QD costuma ser utilizado com fins médicos, mas o extrato foi conhecido ao longo da história pelo seu intenso pigmento anil, muito cotado desde a época do Império Persa. Os antigos persas, gregos e romanos utilizavam este tinte para os tecidos luxuosos e para maquilhar os seus olhos de forma sofisticada. Nessa época, o tinte azul era tão valioso que era conhecido como o «ouro azul».

O Indigo naturalis chegou pela primeira vez à China através da Rota da Seda. Aí, encontrou uma nova vida nas mãos dos antigos médicos chineses, que começaram a utilizá-lo como medicamento herbal. Descobriram que a mistura podia reduzir a febre e eliminar toxinas. Por isso, era utilizado para depurar o coração, purificar o fígado, aliviar a dor e reduzir a inflamação.

Desde então, o QD continuou a ser utilizado na medicina tradicional chinesa para tratar doenças infeciosas, problemas dermatológicos, tumores e a doença inflamatória intestinal (DII). O QD suscitou muito interesse clínico, já que os investigadores tentam entender a sua farmacologia, o seu mecanismo de ação e o seu potencial no tratamento de várias doenças modernas.

Até à data, foi confirmado que, do ponto de vista clínico, o QD conta com propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antibacterianas, antivirais e imunomoduladoras. Destaca-se que demonstrou ter um «efeito clínico positivo» na psoríase, na leucemia e na colite ulcerosa (CU). 

Convém mencionar, por sua vez, que, apesar dos promissores resultados do QD, ainda não se tem um conhecimento generalizado do seu uso correto, eficaz e seguro em várias patologias.